Ao concluir a série de artigos sobre Tolkien e o Nazismo (veja a Primeira parte AQUI e a segunda AQUI). Algumas pessoas comentaram que Tolkien havia feito uma alegoria da Segunda Guerra Mundial em sua história ou pelo menos da Primeira Guerra Mundial, já que ele tinha vivido a época dessas duas guerras. Mas é bem sabido pelos leitores que Tolkien odiava alegorias e negava ter utilizado esse recurso literário em suas obras.
Dizer que Tolkien fez alegorias da Primeira ou Segunda Guerra não seria verdadeiro, até por que Tolkien começou a criação de seu mundo antes mesmo dele ir lutar na guerra (como podemos ver no próprio livro que será lançado A História de Kullervo, escrito ainda em 1914).
Mas as múltiplas interpretações feitas por leitores são interessantes. E Tolkien chamava esse exercício intelectual de “aplicabilidade”, no sentido de que você pode fazer suas próprias interpretações do que seria determinado acontecimento na história e apontar suas razões lógicas para as conclusões, sem tentar vincular uma intenção do autor.
Assim, não há nada de errado em imaginar aspectos semelhantes da Segunda Guerra Mundial em relação a Guerra do Anel, mas é considerado equivoco imputar ao autor Tolkien que ele tenha feito sua história com elementos alegóricos de uma guerra real.
A aplicabilidade dá a oportunidade de se interpretar a obra de Tolkien sobre infinitas perspectivas, tanto no contexto de guerras do passado quanto nas mais recentes. Na época da Guerra Fria, por exemplo, aqueles que estavam do lado dos Estados Unidos diziam que a União Soviética era comparada a Mordor. Alguns defensores de pensamentos da esquerda dizem que a vida no Condado seria como o comunismo e as atividades de Mordor e Isengard o capitalismo. Recentemente alguns interpretam que os terroristas islâmicos sejam esse mal de Mordor. Todas essas definições podem ser defendidas com ótimos argumentos. E é essa possibilidade de interpretações diversas que torna os livros de Tolkien atemporais. As histórias ultrapassam gerações e continuam sendo analisadas sob a ótica de cada tempo.
Mas e quanto a inspirações? Elas não são propriamente alegorias, mas são fontes ou informações, que podem servir como elementos para formar a história a partir do autor. Há poucas afirmações de Tolkien das quais se pode entender alguma inspiração em suas obras. Na verdade ele não gostava também da ideia de vincular sua obra com outras do passado.
Tolkien queria algo independente de seu tempo e do passado também. Mas certamente ele admitia ter levado em consideração o próprio mundo real para escrever sua obra. Isso devido ao fato de que ele queria ter uma história com uma profundidade realística.
Assim, o que se segue é nada mais que uma interpretação pessoal do autor desse artigo e não tem a pretensão de afirmar que Tolkien utilizou tais elementos, apenas se analisa as semelhanças entre situações já ocorridas na história humana com aquelas descritas em O Senhor dos Anéis. Esse tipo de análise não é nenhuma novidade, pois desde que o livro foi lançado essa comparação vem sendo realizada, especialmente por pessoas dedicadas a estudar história.
O Império Otomano
O profeta Maomé inaugurou uma nova religião entre os árabes no século VII. Após sua morte teve início o chamado “Fatah” (abertura), que é um movimento de expansão territorial do domínio daqueles que adotam a religião islâmica.
Em menos de cem anos após a morte do profeta, os islâmicos dominaram o norte da áfrica do Marrocos ao Egito, a península Ibérica, oriente médio chegando a região da Persia. Essa expansão é resultado da liderança do chamado “califado” (seguidor) que é um monarca dito como sucessor político do próprio profeta islâmico.
Ao longo da Idade Média era constante os conflitos entre Islâmicos e Cristãos, especialmente nas regiões litorâneas dos territórios de dominação. Haviam as batalhas de reconquistas de territórios. Em sucessão as dinastias dos primeiros Califados, surgiu o Império Otomano em 1299.
O Império Bizantino, herdeiro do antigo império romano do ocidente, havia se enfraquecido ao longo do tempo e logo foi dominado pelo Império Otomano após a queda de Constantinopla em 1453.
A visão europeia sobre o islamismo era de constante terror, especialmente em uma sociedade inteiramente cristã. Mas não havia tanto temor em lugares mais remotos, tal como a Inglaterra, que não sentia os efeitos diretos dessas invasões, pois estavam distantes dos territórios disputados.
A região da Inglaterra estava preocupada com a invasão dos Vikings e outros povos bárbaros, mas no período final da idade média, com o fim dessas invasões, haviam poucas disputas territoriais e isso proporcionou períodos de relativa paz. Havia a possibilidade de camponeses viverem uma vida inteira sem se quer ter presenciado ou ouvido algo relacionado as batalhas com os islãs. A Inglaterra só passou a contribuir de forma mais intensa com a contenção dos avanços territoriais do islã especialmente com a participação nas cruzadas. A figura do Rei Ricardo, Coração de Leão, se tornou clássica nessa época.
Em 1453 a expansão islâmica atingiu a capital do Império Bizantino, Constantinopla, e o boa parte de seu território foi dominado.
O domínio cristão era menor e a Europa estava diante de uma ameaça direta. Como uma espécie de sucessora da antiga Constantinopla, a cidade de Viena passou a assumir esse posto de nova capital.
O momento decisivo para a civilização ocidental cristã aconteceu em Viena, que passou a ser a frente de defesa. Se essa cidade fosse derrotada toda a Europa sofreria e rapidamente seria dominada.
O auge desse conflito ocorreu em 27 de Setembro de 1529 no chamado ‘Cerco a Viena’ e na ‘Batalha de Viena’ em 11 e 12 de Setembro de 1683. Essas duas batalhas foram decisivas para toda a Europa. Foi o grande momento em que duas civilizações se enfrentavam pelo destino de toda a civilização ocidental.
A cidade de Viena ficava em um ponto estratégico na Europa e era altamente importante para o Império Otomano dominar a cidade. Foi assim que os muros de Viena foram alvo de ataques por bombas subterrâneas e um forte cerco se formou.
Em 1683 a cidade possuía poucos soldados para sua defesa e não havia esperança de que um exército aliado pudesse chegar em seu auxílio. Até que a poderosa cavalaria do rei da polônia João III Sobieski, chegou em auxílio a cidade e com isso o exército dos Otomanos foi derrotado.
O Império Otomano permaneceu organizado por muitos anos desde sua fundação em 1299, porém sofria constantes crises e disputas e seu domínio foi sendo reduzido. Contudo, ainda perdurou por anos até participar da Primeira Guerra Mundial ao lado da Alemanha. Com a derrota na guerra, seu poder foi dissolvido e culminou com o fim em 1922.
Tolkien e o Império Otomano
Como professor e por desenvolver um interesse particular pela Idade Média, Tolkien tinha um conhecimento aprofundado sobre esse período da história humana. Além disso, tinha um interesse particular em entender as raízes de sua família dentro da própria história medieval europeia.
Considera-se que a origem da família Tolkien tenha sido na região da Saxônia, onde hoje fica a Alemanha. Justamente essa região na época da Batalha de Viena, era chamada de Eleitorado da Saxônia e participou da batalha ao lado do Sacro Império Romano.
Foi justamente no momento do Cerco de Viena que teria ocorrido a origem do nome da família “Tolkien”. Segundo Grace Bindley Mountain (1861-1947), irmã de Arthur Tolkien, e, portanto, a tia do autor do Hobbit:
“Havia, no entanto, a tia Grace, irmã mais moça do pai de Ronald, que lhe contava histórias dos ancestrais dos Tolkiens, histórias que pareciam improváveis, mas que estavam, como dizia a tia Grace, firmemente fundamentadas em fatos. Alegava que o antigo nome da família era “Von Hohenzollern”, derivado do distrito de Hohenzollern do Sacro Império Romano, lar original da família. Um certo George Von Hohenzollern, dizia, lutara ao lado do arquiduque Ferdinando da Áustria no Cerco de Viena em 1529 e mostrara grande audácia ao liderar um ataque extra-oficial aos turcos, ocasião em que havia capturado o estandarte do Sultão. Foi por isso (dizia a tia Grace) que lhe deram o apelido de Tollkühn, “temerário”; e o nome pegou”. (J. R. R. Tolkien uma biografia. Humphrey Carpenter. p. 20-21)
Está demonstrado que Tolkien tinha uma certa estima por entender essa batalha de Viena. Primeiramente por gostar de entender as histórias de batalhas e por ser católico, pela origem de sua família, bem como pela proximidade que tinha com sua tia.
Além dessa história de sua origem familiar. O próprio Tolkien participou da Primeira Guerra Mundial como soldado na Batalha de Somme. Ele enfrentou os alemães no fronte, que por sua vez eram aliados na guerra do Império Otomano.
Se considerar a história contada pela Tia Grace como real, após séculos novamente um Tolkien estava enfrentando o Império Otomano (ainda que seu aliado a Alemanha) em território da Europa continental. É como se a história antiga de sua família se relacionasse novamente aos acontecimentos daquela época. Tal como a Batalha de Viena, a Primeira Guerra Mundial iria definir o destino da Europa novamente.
As semelhanças entre o mito e a realidade
Em O Senhor dos Anéis, há essa mesma noção de que se Minas Tirith caísse o ocidente também iria cair. Era um conflito entre mundos diferentes. Como Elrond disse no Conselho de Elrond: “Não há nada que se possa fazer, além de resistir, com ou sem esperança. Verá que seu problema é parte do problema de todo o mundo ocidental”. (Senhor dos Anéis, A sociedade do anel).
O entendimento de Tolkien é relacionado a civilização ocidental, com base nos preceitos cristãos. Ele acreditava que a base do cristianismo era a Igreja Católica e que se ela caísse todos sofreriam. Conforme dito na carta 250 para Michael Tolkien:
“Além do Sol deve haver luar (mesmo claro o suficiente para se ler); mas se o Sol fosse removido, não haveria Lua para se ver. O que seria o cristianismo agora se a Igreja Romana tivesse de fato sido destruída?” (Carta 250, 1 de novembro de 1943).
Em termos de acontecimentos históricos. Havia o Império Romano, que poderia ser colocado como o auge do cristianismo no mundo antigo. Com a divisão do império em dois e a invasão de Roma, havia ainda o Império Bizantino e tinha como sua principal cidade Constantinopla. No ano de 1453 essa cidade foi tomada pelo Império Otomano e logo depois a cidade de Viena passou a ser a nova capital do Sacro Império Romano. Algo semelhante no mundo de Tolkien acontece com relação a cidade de Osgiliath, que era a capital de Gondor que foi tomada por Mordor. Logo depois Minas Tirith passou a ser a nova capital do reino.
Porém, ao que parece a cidade de Minas Tirith teve mais influência de Constantinopla do que Vienna. Na carta 131, Tolkien diz que Gondor teria uma aparência do Império Bizantino:
No sul Gondor ascende a um ápice de poder, quase refletindo Númenor, e então desvanece lentamente para uma Idade Média decadente, uma espécie de Bizâncio orgulhosa, venerável, porém progressivamente impotente.
Ainda na Carta 131, porém em um trecho que não foi publicado no livro das cartas, diz o seguinte: “Agora voltamos a semi arruinada Cidade Bizantina de Minas Tirith”.
Mas mostrando que a semelhança não é totalmente direta como se tivesse simplesmente copiado um aspecto da realidade, Tolkien também faz uma comparação de Gondor com elementos do Egito Antigo, evidenciando um novo paralelo.
Os grandes especialistas em Tolkien Christina Scull e Wayne Hammond apontam que dois cercos a cidades na história poderiam ter influenciado Tolkien na narrativa do cerco de Minas Tirith: a cidade de Constantinopla em 1453 e Viena em 1683.
“A primeira influência é a cidade de Constantinopla, a capital do Império Bizantino ou Romano Oriental que sobreviveu por centenas de anos após a desintegração do Império Ocidental, derrotado por vários invasores. Após épocas de grande poder e glória, por volta de 1453 o Império Bizantino perdeu a maior parte de seu território, e estava enfrentando o crescente poder dos invasores do leste, o Turcos Otomanos”. (The Lord of the Rings Reader’s Companion, p. 569-570).
Contudo, Constantinopla acabou sendo tomada pelo Império Turco Otamano, ao contrário de Minas Tirith, que conseguiu sobreviver a invasão de Mordor. A influência de Tolkien pode ter sido na ideia de uma cidade forte como era Constantinopla, que possuía muralhas consideradas as mais fortes já construídas naquela época.
Em resenha do livro Constantinople: The Last Great Siege, 1453 de autoria de Roger Crowley, o escritor Noel Malcolm apresenta um paralelo entre o cerco de Minas Tirith e o cerco em Constantinopla.
Mesmo quando era um jovem estudante, eu não pude deixar de notar a estranha semelhança entre o cerco de Minas Tirith em O Senhor dos Anéis de Tolkien e o cerco de Constantinopla. De um lado, a bela cidade murada, com sua nobreza antiga e os poucos aventureiros que vieram para ajudar em sua defesa; por outro, as hordas do mal sob um governante despótico. Bastava olhar para o mapa no final da obra, onde a terra de Mordor aparece no leste assim como é a Ásia Menor, para se chegar ao ponto.
O próprio Tolkien escolheu o nome “Uruk-Hai” para algumas de suas criações mais desagradáveis, as forças de Sauron que eram um cruzamento entre orcs e goblins. Este foi certamente um empréstimo de “Yuruk”, membros de tribos nômades usadas como soldados auxiliares pelos otomanos. Poucos leitores saberiam isso, mas a maioria sentiria um cheiro de algo asiático. Por um lado Tolkien foi excepcionalmente bom em atingir nosso próprio subconsciente da história cultural europeia. (The day the world came to an end – Noel Malcolm reviews Constantinople: The Last Great Siege, 1453 by Roger Crowley)
De fato, a localização de Gondor é apontada pelo próprio Tolkien como sendo equivalente a região onde está a Itália e o seu norte. Mordor estaria onde fica a Turquia. Enquanto que a Inglaterra estaria geograficamente no mesmo lugar que o Condado.
Interessante é a comparação que também se faz sobre as divisões dos reinos numenorianos e as ocorrida no Império Romano.
A divisão das regiões Numenorianos em exílio em dois reinos beira certa similaridade a subdivisão Ocidental e Oriental do Império Romano.Um império, o Bizantino, durou por mais tempo que os outros e teve épocas de grande glória, assim como Gondor na Terra-média. Assim como Arnor se dividiu em pequenos reinos, o Império Ocidental rapidamente se desintegrou, e todas as províncias foram perdidas para os invasores tais como a Galia aos Francos e a Espanha aos Visigodos. Contudo, em ambos Império Bizantino e Império Ocidental, uma sucessão de diferentes famílias governaram e não apenas uma, enquanto que o assassinato do rei em Gondor foi um episódio isolado, em ambos os Impérios do Ocidente e Oriente lutas internas entre membros das famílias governantes eram frequentes e assassinatos dos rivais eram uma ocorrência comum. O Império Bizantino eventualmente caiu, mas uma espécie de sucessor ao Império Ocidental foi estabelecido por Carlos Magno, e assim como o Sacro Império Romano sobreviveu até 1806 sob uma sucessão de dinastias reinando em diferentes partes da Europa ocidental e central. (The Lord of the Rings Reader’s Companion, p. 689).
Formando uma base para esse argumento, uma carta do Tolkien para Charlotte e Denis Plimmer, mostra que Tolkien apresentava muito mais da história romana do que a nórdica em relação ao Senhor dos Anéis:
O progresso da história termina no que é muito mais parecido com o restabelecimento de um Sacro Império Romano efetivo com sua sede em Roma do que qualquer coisa que seria planejada por um “nórdico”. (Carta 284, 8 de fevereiro de 1967).
A Batalha de Viena – Batalha dos Campos de Pellenor
Como apontado acima, a Batalha de Viena pode ter sido uma grande influência para a escrita da narrativa do Cerco a Minas Tirith. Vários elementos podem ser comparados entre a história de Tolkien e o que aconteceu em 1683.
Algumas semelhanças podem ser notadas a seguir:
1 – Havia uma disputa de civilizações do leste contra o oeste. O leste tenta expandir seu domínio para o oeste. Era uma batalha decisiva e se aquela cidade fosse derrotada todo o restante estaria perdido.
2 – Não havia um reino ou império unificado no leste, como outrora já havia existido. As lideranças estavam divididas e era preciso um esforço para direcionar todos eles para o mesmo objetivo e se aliarem para combater a invasão do oeste.
3 – Um homem sábio que se veste com roupas de mendigo é responsável pela unificação desses líderes para combater o Oeste. Ocorre um conselho para determinar os rumos da defesa do oeste.
4 – A cidade considerada capital daquela civilização é atacada pelo leste e um cerco é formado. Havia despreparo dos soldados da cidade e poucos estavam nela para realizar uma defesa sustentável.
5 – O leste possuía um exército de milhares de soldados e uma maquinaria de ataques grandiosa.
6 – O leste é derrotado graças à ajuda de uma cavalaria poderosa de um exército aliado a cidade do Oeste.
Outros detalhes que são semelhanças também podem ser notados como complemento a esses listados, porém os esses acima são os principais.
Em Viena havia apenas cerca de vinte mil homens dispostos a defender a cidade. Enquanto que o exército do Império Otomano chegava 300 mil soldados. Mostrando que havia uma desigualdade numérica semelhante ao que verifica na batalha de Minas Tirith.
Na época do cerco de Viena havia um frei capuchinho chamado de Marco d’Aviano. Ele se vestia com trajes simples e pregava os preceitos da igreja católica da época, em especial os de sua ordem de capuchinho.
Marco d’Aviano foi o responsável por unificar os líderes e o Sacro Império para ajudarem na batalha de Viena com suas tropas. Sem essa união certamente o Império Otomano iria sair vitorioso. Mas a Europa não estava dividida apenas pelos interesse políticos, mas também religiosos, pois o crescente protestantismo após Martinho Lutero era ainda causa de constantes lutas entre católicos e protestantes.
No dia 12 de setembro de 1683 pela manhã, D’aviano celebrou Missa e distribuiu a Santa Comunhão para os generais. Proferiu também um curto mas eloquente sermão. Durante muito tempo, a batalha permaneceu indecisa. Mas o Marco d’Aviano, assim como Gandalf, ia com seu Crucifixo na mão aos lugares onde o perigo era maior, exortando todos a lutar com confiança e coragem. Marco d’Aviano foi recentemente considerado Beato da Igreja Católica e é admirado como herói nacional em Viena.
Outro ponto semelhante é o fato de que a vitória de Viena sobre o Império Otomano veio com a ajuda da cavalaria dos Poloneses. Sob o comando de João III Sobieski, o rei da polônia e Grão Duque da Lituânia, os soldados montados em cavalos desceram a colina próxima a batalha e atacaram em cheio as forças adversárias. Esse é considerado o maior ataque de cavalaria feito na história, pois contou com mais de vinte mil soldados a cavalo.
Com a derrota em 11-12 de setembro de 1683, o Império Otomano não conseguiu reunir novamente forças para fazer outro ataque a Europa.
Em 11 de setembro de 2001 aconteceu o atentado nas Duas Torres nos Estados Unidos. Os grupos terroristas responsáveis pelo atentado diziam que o ataque havia sido feito por causa da “Jihad” e uma vingança ao que aconteceu há mais de quatrocentos anos atrás.
O filme de A Batalha de Viena
Em 2012 foi lançado um filme sobre a Batalha de Viena chamado The Day of the Siege: September Eleven 1683 (O dia do Cerco: onze de setembro 1683) com direção de Renzo Martinelli. Esse filme retrata bem todo os acontecimentos e nele se percebe com clareza o paralelo entre as histórias de O Senhor dos Anéis e a vida real.
Há uma lenda de que o Beato Marco d’Aviano inventou o Capuchino após a Batalha de Viena. Então, toda vez que você for em algum lugar com os amigos e pedir um Capuchino, ao bom estilo hobitesco, lembre-se que por pouco nossa civilização ocidental teria sido derrotada e tudo seria bem diferente.
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